quinta-feira, 27 de setembro de 2012


E acho que se pode considerar o estado de "felicidade" como um estado transitório magnífico.Talvez estar feliz (sim, estar feliz, porque o verbo correto acaba por facilitar bastante esse paradigma do "ser" feliz) acabe por se resumir em uma simples equação. Um equilibrio que se consegue ao final do dia ao colocar a cabeça no travesseiro e começar a somar e subtrair, simples como o que quando criança nos desafiavam a fazer, soma-se o que se teve de bom, soma-se o que não foi tão bom assim, e subtrai-se uma coisa da outra... simples e complexo quando tinhamos sete anos. Entretanto a dificuldade que se tem hoje está em estabelecer os termos,discernir o que foi bom do que nem foi tão assim. Não me atrevo a dizer o que foi ruim, porque me falharia a maturidade ao não perceber que nada é de todo ruim, o máximo que se pode acontecer seja um equívoco durante a interpretação. muitas vezes acabamos por nos poluir com todos os artificios que naturalmente acabamos criando em função do drama próprio, porque simplesmente radicalizamos de tal forma que o que acabou por nao seguir a cadencia linear desejada se torna algo ruim, e na maioria dos casos, algo bom permeia, basta um olhar um tanto otimista e não menos poético. Ao final de tanta matemática, como todo cálculo, obtém-se um saldo que segue a eterna dicotomia do positivo e do negativo. Se o primeiro, ótimo, considere-se praticando o verbo correto, estar feliz. Se negativo, simplesmente lembre-se de que logo um novo dia começa e outros algarimos se acumularão, e não veja nisso apenas como um clichê de tantos livros de auto-ajuda, veja como a possiblidade de multiplicar o saldo negativo por zero,afinal, é isso o que o dia depois de hoje acaba por ser, uma multiplicação que zera tudo, e o zero é o resultado que insiste que se pode subir ou descer, e que isso depende apenas dos próximos esforços.