segunda-feira, 18 de julho de 2011

Manifesto

Creio que os poetas sejam insanos. Sim. Exatamente isso, insanos. Pode ser que me falhe a transmissão do que penso, mas algo me grita que aqueles poetas que cantam o amor jamais viveram o verbo que tanto empregam em suas construções. Se algum dia esses “deuses literários” tivessem sentido o que em suma é o amor sem duvida alguma concordariam que o amor nunca caberá em uma palavra, um verso ou mesmo em um livro. Digo isso porque o amor é algo escorregadio, que vaza por entre os dedos, infiltra-se na pele, salta entre os olhares, instala-se na garganta e a cala, e só sai de lá por um suspiro, gemido e não raro em por um sorriso. Creio que palavras limitam qualquer tipo de sentimento, a mente limita qualquer forma de manifestação da alma. Já o coração não. Ele rebela-se contra as regras.Ele grita. Ele pulsa. Sem palavra alguma. Ele pulsa. Sem correção ortográfica ou regra de sintaxe. Ele simplesmente pulsa.


terça-feira, 12 de julho de 2011

O mágico do minuto

Que tal nos voltarmos a deliciar a maravilha que é um minuto? Isso que nós humanos pejorativamente tratamos como mera medida de tempo, essa coisa que só pode ser chamada de coisa, por ser tão maravilhosa que se torna injusto classificá-la baseando-se nas tantas outras coisas sem o mesmo esplendor. Pode parecer estranha minha colocação, mas estranho mesmo é simplesmente fechar os olhos para algo tão fantástico. Isso mesmo, fantástico, como não ser fantástico algo que consegue ser tudo e ser nada ao mesmo tempo? Confuso não?! Tão grande e tão rápido ao mesmo tempo. Em um ínfimo minuto, pode ser que nada aconteça, mas tudo esta acontecendo, o mundo esta acontecendo. Em um único minuto de marasmo nossas pessoas estão morrendo, crianças estão nascendo, carreiras sendo construídas, pessoas sendo arruinadas. A todo minuto alguém tem o minuto mais feliz da sua vida, enquanto outra o seu ultimo. Ele simplesmente consegue que o queiramos vezes a mais e vezes a menos, um minuto a mais na cama, um minuto a menos na fila, um minuto a mais, um minuto a menos, será que tanto faz um minuto a mais ou um a menos? Quantos minutos a menos já vivemos, no minuto a mais nos lamentando, ou ainda no minuto a mais nos preocupando? Por isso acho que devemos encarar cada minuto como o nosso, como aquele que vai fazer a diferença, como aquele que simplesmente será inesquecível, no fim de tudo no lugar de um mero monte de minutos que no máximo se tornarão horas entediantes, conseguiremos ter uma pilha de ótimos minutos, logo uma ótima vida, porque o nosso verdadeiro erro está em esquecer que a vida simplesmente á formada de minutos, e creio que deva ser difícil aceitar que a nossa foi apenas uma vida a mais ou uma vida a menos. Nada mais a declarar.