segunda-feira, 18 de julho de 2011

Manifesto

Creio que os poetas sejam insanos. Sim. Exatamente isso, insanos. Pode ser que me falhe a transmissão do que penso, mas algo me grita que aqueles poetas que cantam o amor jamais viveram o verbo que tanto empregam em suas construções. Se algum dia esses “deuses literários” tivessem sentido o que em suma é o amor sem duvida alguma concordariam que o amor nunca caberá em uma palavra, um verso ou mesmo em um livro. Digo isso porque o amor é algo escorregadio, que vaza por entre os dedos, infiltra-se na pele, salta entre os olhares, instala-se na garganta e a cala, e só sai de lá por um suspiro, gemido e não raro em por um sorriso. Creio que palavras limitam qualquer tipo de sentimento, a mente limita qualquer forma de manifestação da alma. Já o coração não. Ele rebela-se contra as regras.Ele grita. Ele pulsa. Sem palavra alguma. Ele pulsa. Sem correção ortográfica ou regra de sintaxe. Ele simplesmente pulsa.


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