quinta-feira, 21 de junho de 2012

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Não, definitivamente não concordo com essa história de metade da laranja, da maçã, ou de qualquer outro fruto que se refira à metáfora. Não me prendo é essa utopia de alma gêmea que me completa, que te completa, que acaba por completar todo mundo. Definitivamente não estou à procura de metades, nunca fui uma, logo não nos encaixaríamos tão bem, afinal metades são um “quase” de alguma coisa, uma parte do que poderia ser um todo e acabou por não ser. Orgulho-me, ou talvez não devesse tanto assim, de não me contentar com o que não é completo, é algo sem sentido como tomar metade de um livro para ler, você acaba se privando ou do inicio, do fim, ou de alguma parte, que como todas as outras partes, são extremamente importantes. Não perco tempo colecionando e revirando fragmentos, acaba por ser uma missão extremamente egoísta: olha-se uma brecha e tenta-se corrigi-la com o pedaço que se adéqüe com maior exatidão. Esse serve, esse não, esse talvez, esse nem tanto, esse com mais um pouco serve... e você se ocupa demais selecionando qual projeção se encaixa melhor. Então acho que o que se deve fazer, é esperar que não haja fendas, que as brechas fechem por si só, e que aquilo que te encontrar pelo caminho, não te complete, te acrescente, porque remendos podem vir a cair com o menor balanço de vento, e não queremos isso.

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